O Carnaval da pequenada

Hoje é dia de ir mascarado para a escola. O António foi de cavaleiro desdentado (é o que dá lutar contra os mouros).

Entre vários disfarces que vi de manhã, mereceu a minha atenção um pequeno Noddy com um ranhito a escorrer do nariz, o máximo!

Vi várias brancas de Neve, dois Homens Aranha, um Cowboy, uma espanhola e uma Tartaruga Ninja, todos muito bem aperaltados. Havia também um belo marinheiro todo vestido de branco (pelo menos agora de manhã, logo à tarde deve estar mais acastanhado).

Arranjei ao meu Simão um fatinho de palhaço, um encanto, embora, com o feitio dele, chego agora à conclusão que ficaria melhor de pequeno Hitler. Fica para o ano..

And it goes on...

- Mãe, tenho uma colega nova na escola.
- Ai sim? como se chama ela?
- Chama-se... (nome original do qual não me recordo).
- Que nome estranho. É gira?
- É pois - com um sorrisinho envergonhado
- E é a tua nova namorada?
- Estou a tratar desse assunto...

São Valentão

Quando questionado pela Avó Mimi, sobre o presente que iria dar à sua namorada no próximo dia 14, o sr. António responde:

- Eu não tenho namorada.
- Com tantas meninas na tua escola - diz a Mimi - não me digas que não namoras com nenhuma?
- Não. Já experimentei todas, até do ATL e acho que só volto a ter namorada quando for para o 1º ano.

... 

E o António deu-me material...

Esta semana fomos comprar a máscara de carnaval dos miúdos.
Depois de meia hora na secção de máscaras do continente, o António lá se decidiu por um fato de cavaleiro medieval.
Ontem à tarde estava a ver uns desenhos animados que falavam de cavaleiros e um dos personagens disse: "Os cavaleiros são bravos e fortes e ajudam as pessoas."
- Ouviste António? - perguntei.
- Sim, sim, os cavaleiros são bravos e fortes.
- E ajudam as pessoas - acrescentei.
- Mas eu não quero ajudar pessoas, só quero lutar com a minha espada.
- Não queres ajudar pessoas?
- Não!
- Então imagina que a mãe estava presa numa torre de um castel...
- Desenrascavas-te sozinha!

E é isto.

O Primeiro Olá

Olá,

É aqui que vão ficar alojadas o tipo de histórias, que tenho publicado no facebook, sobre o meu "mai" velho.

O título que escolhi para o blogue vem de uma dessas histórias, uns já a terão visto publicada, para os outros eu explico, num dia de discussão gramatical o almoço, o António, um pouco farto de todos lhe dizerem que não se dizia grões, mas sim grãos, explicou-nos que no tempo dele se dizia grões, acabando assim com um debate em que, aparentemente, todos tinham razão.

Desde ameaçar sanitas de terem de aguentar com a sua ira traseira a inventar tretas para não ir à escola, temos de tudo lá por casa.

Bem sei que quem tem filhos, tem sempre coisas destas para contar, mas acho que um dia, este blogue, pode ser uma poderosa arma contra a parvoice adolescente...